As diversas adaptações que Swan Lake (O Lago dos Cisnes) já sofreu faz com que sua história seja uma das mais conhecidas do mundo, mas também sintetiza muitos detalhes que abrilhantam a peça original.
O conto de fadas alemão, dizem, atribuído a E. T. A. Hoffmann, ganhou a atenção do Teatro Bolshoi de Moscou que encomendou a Piotr IIyich Tchaikovsky as músicas para o ballet.
A primeira adaptação do conto não obteve sucesso apesar na bela música, mas em 1895 os coreógrafos Marius Petipa e Lev Ivanov fizeram do Lago dos cisnes um sucesso mundial do ballet com sua versão para o Teatro Marinsky, em São Petersburgo.
Os pontos interessantes das adaptações geralmente estão no começo e final da peça. No conto, a mãe de Odete chora tanto que cria o lago no qual vive a princesa, parte cortada da maioria das apresentações. A dualidade de Odete e Odile nem sempre foi exposta na peça, somente a partir da década de 40 Odile ficaria conhecida como o Cisne Negro.
Eu não sei qual é a opinião o resto do público, mas, a meu ver, a obra sem o Cisne Negro não tem atrativo algum. Toda a dualidade mostrada, desde o nome até a aparência, é o que torna a peça um sucesso e o que fez do filme Black Swan (Cisne Negro) o meu filme eleito de 2010.
No filme do diretor Darren Aronofsky a dualidade dos personagens Odete e Odile está representada na personagens principal Nina, interpretada por Natallie Portman, uma bailarina que mora com a mãe Érica (Barbara Hershey) e ao ganhar o posto de prima ballerina vê sua mente desmoronar para interpretar o lado dark dos seus papéis e pela primeira vez vê aflorar uma sensualidade (e maldade) que antes parecia não apresentar.
Outros pontos também chamam atenção no filme, como a maneira infantil de Nina ser tratada pela mãe, os abusos que ela sofre do diretor do ballet, Thomas Leroy (Vincent Cassel), a sua amizade/rivalidade com a bailarina Lily (Mila Kunis) e o sofrimento e pressão por trás do glamour do Ballet.
Todo o filme merece aplausos, mas há cenas que fazem você se concertar na cadeira e até mesmo se inclinar para frente. Óbvio que o destaque vai para as diversas alucinações de Nina, que chegam ao ponto do medo desejado.
Na trilha sonora o brilhantismo fica por parte das adaptações da música original de Tchaikovsky por Clint Mansell.
Assistam o trailer e depois o filme:
Acabei desenhando inspirada no filme:
Bjs!!!
2 comentários:
Gostei da crítica!
E também da Arte Final! Vc poderia de tempos em tempos mostrar mais alguns dos teus desenhos!
Estou tentando me expor um pouco mais a cada post Antonio, mas obrigada pelo incentivo!
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