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domingo, 4 de março de 2012

On the road - Jack Kerouac - On the road - Walter Salles



"E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente."





   Jack Kerouac nasceu em uma família de origem franco-canadense, no dia 12 de março de 1922 com o nome de Jean-louis Lebris de Kerouac. Seu pai possuía uma fábrica  de impressão na qual Jack chegou a trabalhar por um tempo. Dedicou-se ao time de futebol do colégio que frequentava em busca de uma bolsa de estudos universitária e assim conseguiu ingressar na Columbia University em New York onde conheceu as pessoas que mudariam sua vida para sempre: Allen Ginsberg e William Burroughs.

   Como são os imprevistos que fazem o mundo girar, Kerouac se acidentou durante um jogo o que o deixou mais tempo na biblioteca de Columbia que no campo e assim passou de futuro astro do SuperBowl a lenda viva de toda um geração que dava seus primeiros passos para mudar de uma vez por todas o mundo como era conhecido.

   Os livros de Kerouac não são simples como as estórias de vida que nossos avós nos contam. Qualquer pessoa que ler Os Subterrâneos ou On the Road, fica com aquela sensação de que seu avó está lhe escondendo alguma coisa, pois Kerouac é como uma foto clássica de Woodstock. Ele é o retrato de uma geração. A Geração Beat.

   A Geração Beat antecedeu os hippies dos anos 60 e 70 e é nesta fase que as mudanças de comportamento da juventude começa a acontecer com maior destaque. É desta geração que surge a inspiração transgressora dos que protestaram contra o American Way Life, a Guerra do Vietnã e o Capitalismo desmedido. Kerouac já pregava - e praticava - o amor livre antes dos históricos descabelados coloridos, mas em seus últimos anos de vidas tendeu a criticar o movimento hippie e apoiou publicamente a Guerra do Vietnã, talvez opiniões geradas pelo convívio familiar, pois o pai de Kerouac era sempre descrito como  um homem moralista e antissemita.

   Para saber um pouco mais da vida de Jack Kerouac basta ler seus livros. Viagens, parcerias, lugares, perdas, amores e as mais diversas experiencias, tudo está  lá. Kerouac era o tipo de escritor que escrevia sobre o que conhecia e o que ele conhecia era a estrada.  On the Road foi escrito, segundo a biografia de Kerouac escrita por Ellis Amburn, em três semanas sob o efeito de drogas, em folhas de papel manteiga que ele juntou formando um rolo para que não precisasse parar para repor o papel da máquina de escrever. Ele escreveu em um ritmo frenético, chamado de prosa espontânea e que em muito se parece com o fluxo de conciência usado por William Faulkner e Virginia Wolfe. Não se preocupou em revisar o texto e o mesmo chegou ao editor com ausência de vírgulas e pontos. Essa forma de escrever marcou a maioria de seus textos, mas em On the Road é muito mais evidente.

Rascunho de capa desenhada pelo próprio Jack Kerouac em 1952
   O sucesso de On the Road não fez bem a mente de Jack e ele, que sempre foi introvertido, se sentiu exposto demais. Suas buscas espirituais e fuga do social estão descritas respectivamente em The Dharma Bums (traduzido no Brasil como Os Vagabundos Iluminados) e Big Sur.

   Este ano estréia o filme de Walter Salles baseado em On the Road, cujo elenco possui uma cartela de jovens e promissores atores. Sam Riley será o protagonista Sal Paradise e como Den Mirioarty está Garrett Hedlund conhecido por seu papel em Tron: O Legado (2010). Como Marylou está Kristen Stewart, protagonista da saga Crepúsculo. O filme ainda conta com Kristen Dunst e Alice Braga. O roteiro fica por conta de José Rivera que anteriormente trabalhou com Walter em Diários de Motocicleta (2004).

  O filme já tem data de estréia: dia 5 de junho de 2012. Tenho certeza que, assim com eu, todos os fãs de Kerouac estão eufóricos como a iminente data. No último dia 29, a página oficial do filme no Facebook exibiu o poster oficial:



  Jack Kerouac morreu de cirrose hepática em 1969 aos 47 anos, ao lado dele estavam sua mãe e sua companheira Stela Sampas, com quem viveu um história de amor digna de um bom livro romântico. Stela era irmã de Sammy Sampas, amigo e mentor de Kerouac, e esperou por mais de vinte anos o regresso de Kerouac a Lowell, cidade natal de ambos.

   Fica abaixo a frase que pode definir os valores juvenis de um escritor impar, mesmo que no fim da vida ele tenha esquecido o quão importante é o significado delas.




"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

 Jack Kerouac

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