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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"O Último Discurso" para um Novo Ano


O último discurso

de “O Grande Ditador”


            Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.

            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.  A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Os Votos de Sérgio Jockymann



Eu achava que entendia a música do Frejat, mas hoje sei que cada desejo daquele é uma partícula dos desejos que o Sérgio Jockymann descreveu de maneira mais intensa e verdadeira.

Meus desejos para todos vocês (amigos, inimigos e indiferentes), são os mesmo do poeta.

Os Votos


“Pois desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado.
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo não guarde mágoa.
Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos e que mesmo maus e inconsequentes sejam corajosos e fiéis.
E que em pelo menos um deles você possa confiar e que confiando não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos, mas na medida exata para que algumas vezes você interpele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo para que você não se sinta demasiadamente seguro.
Desejo depois que você seja útil, não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante, não com que os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente.
E que essa tolerância nem se transforme em aplauso nem em permissividade, para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais,
e que sendo maduro não insista em rejuvenescer,
e que sendo velho não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.
Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, nem um mês e muito menos uma semana,
mas um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, talvez agora mesmo, mas se for impossível amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes.
E que estão estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão e ouça pelo menos um João-de-barro erguer triunfante seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bom por nada.
Desejo também que você plante uma semente por mais ridículo que seja e acompanhe seu crescimento dia a dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano você ponha uma porção dele na sua frente e diga: Isto é meu.
Só para que fique claro quem é o dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal, não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que essa frugalidade não impeça você de abusar quando o abuso se impor*.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você. Mas que se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.
Desejo por fim que,
sendo mulher, você tenha um bom homem
e que sendo homem tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez e novamente de agora até o próximo ano acabar.
E que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor pra recomeçar.
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar”

Fonte: Folha da Tarde – Porto Alegre – 30 de Dezembro de 1978

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sensível, delicado, mas forte...


  
    Até agora a semana só me reservou filmes ótimos: começando com "O Hobbit" (cuja única decepção é o próprio cinema), passando por "Prayer for Bobby" que é como veneno - mata você lentamente - #perfeito, e chegando a "The Perks of Being a Wallflower" que superou minhas expectativas e se mostrou um filme muito sensível ao livro homônimo.


♥ "And in that moment, I swear we were infinite". p.39
♥ "E naquele momento, eu juro... nós eramos infinitos."



♥ " There are children, like Bobby, sitting in your congregations. Unknown to you they will be listening as you echo "amen", and that will soon silence their prayers. Their prayers to God for understanding and acceptance and for your love. But your hatred and fear and ignorance of the word gay will silence those prayers. So, before you echo "amen" in your home and place of worship, think. Think and remember, a child is listening."

♥ "Há crianças, como Bobby, sentados em suas congregações. Desconhecidas de vocês,  eles estarão ouvindo quando vocês disserem "amém", e este amém silenciará suas orações. Suas orações à Deus por entendimento e aceitação e por seu amor. Mas o seu ódio e medo e ignorância da palavra gay silenciará essas preces. Portanto, antes de ecoar seu "amém" em sua casa ou em seu local de culto, pense... Pense e lembre-se que uma criança está ouvindo."


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Miguel Nicolelis: A ciência já superou a ficção científica

Miguel Nicolelis: A ciência já superou a ficção científica

O novo mundo terrível – De acordo com Miguel Nicolelis, a ficção científica atual se vale de uma reciclagem de antigas ideias, empregadas para o “lado negro da força”. O mundo que ela mostra é caótico, à beira da destruição: “É uma realidade de terror. A ciência fornece material para a criação de um mundo pior do que o nosso”, disse ele. Se nos tempos de Asimov e Arthur Clarke a ciência era uma forma de conhecer um universo novo e mágico, hoje ela é vista como “condutora da nossa destruição”.

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe é mãe em qualquer mídia... Até nos animes



    Eu quero ressuscitar o blog com um post em homenagem ao financeiramente fatídico Dia das Mães.

    Que o papel materno tem relação direta com a formação do indivíduo, Freud já explicou - como se todo mundo já não soubesse. O que poucas pessoas percebem é como esta afirmação está difundida nas artes, na literatura, no cinema, etc e como toda essa difusão acaba por fortalecer a afirmativa.

    Vou usar um exemplo particularmente fácil - e agradável: os animes e mangás.

   Nos animes e mangás a presença ou não da figura materna pode determinar todo o curso da estória ou no mínimo render boas análises de comportamento.

    O primeiro exemplo é Fullmetal Alchemist.


    No início do anime/mangá vemos os irmãos Elric ainda crianças morando com a mãe num lugarzinho bucólico. Os irmãos, influenciados pelo ausente pai, brincam com alquimia, alheios ao sofrimento de sua mãe pela ausência do marido. Logo Trisha adoece e morre. Em desespero Edward resolve usar a "transmutação humana" para ressuscitar a mãe, mas durante o procedimento percebe que a "Lei da troca equivalente" não funciona de maneira literal, pois, mesmo todos os ingredientes químicos que compõem o corpo humano, não podem trazer alguém de volta à VIDA. 

    Em meio ao procedimento os irmãos Elric terminam por serem mutilados, Alphonse perde todo o corpo e Edward é obrigado a sacrificar um braço e uma perna para prender a alma do irmão numa armadura.

    Vou parar de contar a história por aqui. 

   Do enredo de Fullmetal Alchemist vem a primeira interpretação do amor materno. Trisha mesmo triste e doente se faz necessária aos filhos e tenta ao máximo mantê-los felizes, preservando assim a infância deles. O que ela não percebe é que a carência dos filhos frente a sua figura poderia levá-los - como levou - à atos de consequências terríveis.

   É como minha mãe me diz: "agente cria os filhos para 'o mundo', não para nós.".

   Mas Fullmetal Alchemist não é um anime/mangá muito difundido nas massas - uma pena - então vamos usar alguns animes/mangás mais populares: Pokemon, Digimon, Narutomon e Dragon Ball...

    Brincadeiras à parte, se há algo nestas animações que é comum é a ausência ou pouca participação da figura dos pais.


    Em Pokemon Delia, mãe de Ash, simplesmente permite que o filho - que não aparenta ter 15 anos -  saia pelo mundo para "coletar" pokemons. O engraçado do universo Pokemon é que a figura paterna de Ash e companheiros nem é mencionada e a figura materna é uma deficiência só.

    O parente de Pokemon - Digimon - parece ser melhor resolvido com as questões de família. O grupo de garotos tem uma vida cotidiana normal; escola regular, casa, amigos e pais, mas são transportados para um mundo digital alternativo - como se pudesse existe um mundo digital real - e ficam presos até completar sua "missão". Aí quem assiste pensa: Oh! Os pais estão desesperados à procura dessas crianças! Tente novamente.


     O fato é que o criador do anime contornou a situação criando uma passagem de tempo também alternativa. Assim, enquanto no Digimundo se passaram dias, no mundo real o tempo foi contado em minutos. Logo não há preocupação por parte dos pais dos pirralhos.

  Resumindo a participação de Naruto neste post, a crianças protagonistas  - e mesmo as coadjuvantes - são ensinadas e monitoradas por professores e a presença materna praticamente não existe.

   O único momento que consigo lembrar da relevância de uma mãe é na formação do personagem Gaara cuja morte da mãe está diretamente relacionada ao nascimento dele.

   Em Dragon Ball Goku não tem uma figura materna e é possível dizer que sua figura paterna é o depravado Mestre Kame e não Bardock, mas nas sequencias da saga Dragon Ball  - Z e GT - as mães reinam absolutas em uma maternidade estereotipada.



    Goku casa como Chichi e com ela tem dois filhos: Gohan e Goten. Vegeta casa com Bulma e também tem dois filhos: Truncks e Bra. Com a Androide nº18 Kuririn tem uma filha chamada Marron e assim por diante umas quatro geração são mostradas no desenho. É algo que eu gosto muito na saga.



    Apesar de todas essas mães, Chichi se destaca pois faz a mãe que é exageradamente protetora e dedicada absolutamente aos filhos que obriga que dediquem-se ao máximo aos estudos, comem regularmente e não entrem confusão.

   A lista é infinita visto que as interpretações também são as mais variadas, mas é possível entender só com estes exemplos o quanto nós observamos a maternidade mesmo ela estando no mundo da ficção.

  Para finalizar vou deixar uma lista de animes, além dos já citados, para aqueles que tiver a oportunidade de assistir e analisar as mamães dentro do roteiro - mesmo que elas não estejam lá.


  1. Neo Genesis Evangelion
  2. Nana
  3. Tenchi Muyo
  4. Sakura Card Captors
  5. Kuroshitsuj 



quinta-feira, 8 de março de 2012

Playlist de mulher para mulher - International Women's Day

      Dia importante, mas tô cansada, então vou fazer uma playlist inspirada e espero que inspiradora. Curta as músicas e seja sempre uma mulher de peito!


The Runaways - Cherry Bomb



"Levantem-se agora moças, porque vocês não tem nada a perder"

Joan Jett - I Love Rock 'n' Roll



"A batida estava ficando mais forte. Tocando minha música favorita"

Rita Lee - Pagu

"Porque nem toda feiticeira é corcunda."


Aretha Franklin - Respect



"Tudo que estou pedindo é um pouco de respeito quando você vier pra casa "


Patti LaBelle - Lady Marmalade (Cristina Aguilera, Pink, Mya, Lil' Kim)*
*vídeo escolhido pois não encontrei uma boa versão da própria Patti cantando

"Ele sentou-se no seu quarto enquanto ela se refrescava. O garoto bebeu todo seu vinho magnólia e nos seus lençóis de cetim preto, oh, foi onde ele começou a pirar"

Cássia Eller - Partindo Alto



"Deus me deu pernas compridas e muita malícia"

Cristina Aguilera - Beautiful



"Nós somos a música dentro da melodia. Cheia de erros bonitos"

Nina Simone - Feeling Good


"Oh! A liberdade é minha e eu sei como me sinto"

Lady Gaga - Born this way


"Então levante sua cabeça, garota e você irá longe "

Kelly Clarkson - Since U Be Gone



"Eu estou seguindo em frente. Graças a você agora eu tenho o que eu quero. Desde que você foi embora."
Mart'nália - Cabide



"Vou arrancar sua saia e por no meu cabide, só pra pendurar... Quero ver se tem atitude. Se vai encarar"


Alanis Morissette - Everything





"Eu sou a mulher mais sábia que você já conheceu /Eu sou a alma mais amável com a qual você já teve contato"

Pink - Fuckin' Perfect
 

"Nunca nunca se sinta menos do que perfeita pra caralho"

Esta playlist pode não ter fim então retorne e veja o que mudou!!!



domingo, 4 de março de 2012

On the road - Jack Kerouac - On the road - Walter Salles



"E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente."





   Jack Kerouac nasceu em uma família de origem franco-canadense, no dia 12 de março de 1922 com o nome de Jean-louis Lebris de Kerouac. Seu pai possuía uma fábrica  de impressão na qual Jack chegou a trabalhar por um tempo. Dedicou-se ao time de futebol do colégio que frequentava em busca de uma bolsa de estudos universitária e assim conseguiu ingressar na Columbia University em New York onde conheceu as pessoas que mudariam sua vida para sempre: Allen Ginsberg e William Burroughs.

   Como são os imprevistos que fazem o mundo girar, Kerouac se acidentou durante um jogo o que o deixou mais tempo na biblioteca de Columbia que no campo e assim passou de futuro astro do SuperBowl a lenda viva de toda um geração que dava seus primeiros passos para mudar de uma vez por todas o mundo como era conhecido.

   Os livros de Kerouac não são simples como as estórias de vida que nossos avós nos contam. Qualquer pessoa que ler Os Subterrâneos ou On the Road, fica com aquela sensação de que seu avó está lhe escondendo alguma coisa, pois Kerouac é como uma foto clássica de Woodstock. Ele é o retrato de uma geração. A Geração Beat.

   A Geração Beat antecedeu os hippies dos anos 60 e 70 e é nesta fase que as mudanças de comportamento da juventude começa a acontecer com maior destaque. É desta geração que surge a inspiração transgressora dos que protestaram contra o American Way Life, a Guerra do Vietnã e o Capitalismo desmedido. Kerouac já pregava - e praticava - o amor livre antes dos históricos descabelados coloridos, mas em seus últimos anos de vidas tendeu a criticar o movimento hippie e apoiou publicamente a Guerra do Vietnã, talvez opiniões geradas pelo convívio familiar, pois o pai de Kerouac era sempre descrito como  um homem moralista e antissemita.

   Para saber um pouco mais da vida de Jack Kerouac basta ler seus livros. Viagens, parcerias, lugares, perdas, amores e as mais diversas experiencias, tudo está  lá. Kerouac era o tipo de escritor que escrevia sobre o que conhecia e o que ele conhecia era a estrada.  On the Road foi escrito, segundo a biografia de Kerouac escrita por Ellis Amburn, em três semanas sob o efeito de drogas, em folhas de papel manteiga que ele juntou formando um rolo para que não precisasse parar para repor o papel da máquina de escrever. Ele escreveu em um ritmo frenético, chamado de prosa espontânea e que em muito se parece com o fluxo de conciência usado por William Faulkner e Virginia Wolfe. Não se preocupou em revisar o texto e o mesmo chegou ao editor com ausência de vírgulas e pontos. Essa forma de escrever marcou a maioria de seus textos, mas em On the Road é muito mais evidente.

Rascunho de capa desenhada pelo próprio Jack Kerouac em 1952
   O sucesso de On the Road não fez bem a mente de Jack e ele, que sempre foi introvertido, se sentiu exposto demais. Suas buscas espirituais e fuga do social estão descritas respectivamente em The Dharma Bums (traduzido no Brasil como Os Vagabundos Iluminados) e Big Sur.

   Este ano estréia o filme de Walter Salles baseado em On the Road, cujo elenco possui uma cartela de jovens e promissores atores. Sam Riley será o protagonista Sal Paradise e como Den Mirioarty está Garrett Hedlund conhecido por seu papel em Tron: O Legado (2010). Como Marylou está Kristen Stewart, protagonista da saga Crepúsculo. O filme ainda conta com Kristen Dunst e Alice Braga. O roteiro fica por conta de José Rivera que anteriormente trabalhou com Walter em Diários de Motocicleta (2004).

  O filme já tem data de estréia: dia 5 de junho de 2012. Tenho certeza que, assim com eu, todos os fãs de Kerouac estão eufóricos como a iminente data. No último dia 29, a página oficial do filme no Facebook exibiu o poster oficial:



  Jack Kerouac morreu de cirrose hepática em 1969 aos 47 anos, ao lado dele estavam sua mãe e sua companheira Stela Sampas, com quem viveu um história de amor digna de um bom livro romântico. Stela era irmã de Sammy Sampas, amigo e mentor de Kerouac, e esperou por mais de vinte anos o regresso de Kerouac a Lowell, cidade natal de ambos.

   Fica abaixo a frase que pode definir os valores juvenis de um escritor impar, mesmo que no fim da vida ele tenha esquecido o quão importante é o significado delas.




"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

 Jack Kerouac

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Belos Post-its


    Comprei recentemente uns post-its (memo pads ou... faz vergonha, mas eu não seu como chamar isso em português. Bloquinhos de anotações... Marcadores de páginas!?) neste blog de Singapura: http://kawaiistats.blogspot.com/. Devo dizer que o atendimento foi excelente e eu fui atendida em todas as minha dúvidas (que não foram poucas). A demora na concretização da venda se deu mais pelas 10 horas de diferença de fuso horário, mas mesmo assim aconteceu de forma rápida. Recebi o pacote pouco antes de completar um mês do pagamento.

   Os post-its são estes nas figuras logo abaixo. São uma graça e muitíssimo eficientes no contexto que pretendem: as faces nos finger-its (finger = dedo), demonstram a cara do leitor para algumas situações do livro. É realmente engraçado como nos lembramos da situação do livro apenas de olhar a carinha nos dedos.

    Os finger-its chegaram em novembro, mas por falta de oportunidade, eu só pude usá-los durante as férias de janeiro , com o livro "Um bom dia para os defuntos" do Manuel Scorza, e o livro ficou recheado de carinhas de choro, riso, e surpresa, justamente pelo texto do Scorza provocar todas essas sensações (por vezes até misturar todas elas).

    No total eu gastei US$6.40 com dois bloquinhos e o frete. Acho um preço baixíssimo pela originalidade do produto e mesmo a qualidade, pois os memo-pads comuns que compro perdem a cola com certa facilidade e eu não tive problemas com os finger-its até agora.

    O blog Kawaii Stats vende outras coisinhas fofas (o nome denuncia. Kawaii é fofo lá na terra do sol nascente) além dos post-its, como enfeites de lápis e canetas, chaveiros, canetas decoradas, caderninhos de anotação, etc. Visite e confira! Se entregaram em Elísio Medrado, entregam em qualquer lugar do mundo! RsRsRSRsrsR!  (*^.^)



Que criativa a imagem acima com os corpos desenhados de acordo com os rostos







Aqui a foto de quando chegaram ( 03/11/2011)
Very kawai!

    Abaixo outros post-its e memo-pads que achei interessantes. Aqueles que estão sem link é porque eu não encontrei o designer ou local de compra.









Lá na Kawaii Stats tem






Frutas da feira
Gama Go 



Yuruliku

Melancia


Sushi!


Facílimo de fazer

Com os dias do mês


Exclisivo de um Spa



Da Pantogar sobre calvíce

    A invenção do século para os esquecidos como eu! Lembrando que um pedacinho papel faz o meu serviço por um preço menor, mas para pessoas como eu que gostam de coisas de designer diferente é uma boa aquisição.

    Há ainda uns marcadores de página que são de materiais duráveis, mas eu falo sobre eles em outro post. Só quero que sejam consumidores conscientes.



Livraria Saraiva

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

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